sábado, 26 de setembro de 2009

Star Wars - The Clone Wars

Finalmente, depois de quase um ano, Star Wars é assunto aqui no PIS. Porque nenhum blog que fala de entretenimento e cultura pop que se preze deve se abster de falar do universo que se tornou o ícone maior dos nerds. E o debute no assunto fica por conta de Star Wars - The Clone Wars, longa-metragem em animação lançado nos cinemas em 2008 pela Lucas Arts como parte inicial de uma nova empreitada da franquia, que mais tarde seria seguida na TV.

Definitivamente, o filme tem dois públicos distintos. O primeiro é obviamente os fanáticos por tudo que a marca Star Wars representa. O outro é o público infantil, para quem Lucas parece pretender fazer a iniciação no seu universo. Desta forma, deve-se analisar o longa por meio desses dois centros.

Na trama, que não é lá muito bem elaborada como se poderia esperar, o filho de Jabba é sequestrado e cabe à República fazer o resgate do infante Hunt para que desta forma tenham livre acesso à área controlada pela meleca gigante. Não é um roteiro primoroso, até porque não parece fazer muita diferença na mitologia toda criada se pensarmos de forma isolada. O longa não deve ser pensado como um produto único e sim como um episódio de algo maior, que são as tais guerras clônicas que terão sequência no seriado de TV. De certa forma, o desenvolvimento da trama, das relações entre personagens novos e antigos e tudo mais, só começa aqui para ser continuado mais tarde.

Se olharmos com os olhos nerds, o longa é uma expansão do multiverso criado por Lucas. Pode-se entender um pouco mais a estrutura familiar e hierárquica de Jabba, conhecer máquinas e armas de guerra, tanto pelo lado da República como pelo lado dos separatistas, entre outras coisas e, obviamente, a principal inserção do filme, que é a aprendiz de Anakin Skywalker, Ahsoka Tano, que será figura central do filme e da série. Talvez até o seu destino que será finito (já que ela não faz parte deste universo na terceira parte da segunda trilogia) possa até ser um dos motivos para levar Anakin a questionar o seu código e suas convicções acerca do estilo de vida Jedi. Enfim, se houve uma certa decepção com o longa por parte da crítica e dos fãs, é porque se esperava um episódio "2.5" ou algo assim, quando na verdade esse meio termo entre os episódios II e III será dado por um amálgama de episódios, cujo longa é apenas o season premiere. Aliás, não perca aqui mesmo no PIS a crítica da primeira temporada.

Já se pensarmos pelo lado da infantilização da história, talvez o longa seja um pouco mais feliz. Exatamente por não ter uma trama intrincada ou complexa, pode ser palatável para os mais jovens que em seguida verão os mesmos personagens na TV e, quem sabe, se tornarem uma nova leva de fãs da hexalogia e, principalmente, da trilogia clássica que não é tão acessível como era antigamente, já que não passa com tanta frequência na TV aberta aqui ou nos Estados Unidos. Os personagens podem nos parecer irritantes, principalmente Ahsoka, mas ela tem um potencial de apelo com as crianças e, mais especificamente ainda, com as meninas. Sim, porque em um universo dominado por homens (ou personagens do sexo masculino), como Luke Skywalker, Darth Vader, Mestre Yoda, Mace Windu, dentre outros, e uma personagem Jedi central pode cativar esse público. É o grande acerto do longa, se pensarmos em marketing e na tal cauda longa, de Chris Anderson, já que busca expandir seus domínios.

Enfim, como filme, só e somente só, The Clone Wars não funciona pelos vários motivos já citados. Como peça fundamental no universo da franquia também não. Mas talvez nenhuma dessas parece ter sido a intenção de George Lucas. É um início de uma nova série, para um novo público, com uma nova proposta. É um produto periférico que nunca será fechado e depende de tudo o que já foi estabelecido em todos os sentidos: enredo, identificação com os personagens, fascínio com os sabres de luz, etc, bem como do que ela mesma se transformará com os episódios de 20 minutos na TV. Desse modo, só poderá receber um veredito sobre sua relevância aos créditos do episódio final, que pode ter até 5 temporadas, segundo o próprio produtor. Esperemos que ele saiba onde tudo isso vai terminar. Mais do que nunca, que a Força esteja com ele.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Cinema em São Carlos: 25-09-2009 a 01-10-2009

CineUFSCar:

Feiticeiros da Palavra - O jongo do Tamandaré

Dia: 30/09
Hora: 19h

Cine São Carlos:

Força G

Sáb e Dom: 17h

Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas

Sex: 19h30min
Sáb e Dom: 17h e 19h30min
Seg, Ter e Qui: 19h30
Qua: 17h

Halloween - O Início

Diariamente: 21h30min

Cine Iguatemi:

Cine 1: Se Beber, Não Case

Diariamente: 16h, 18h ,20h e 21h45min

Cine 2: Sequestro do Metrô 123

Diariamente: 19h

Cine 2: Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas

Diariamente: 17h e 21h

Cine 3: Sequestro do Metrô 123

Diariamente: 21h

Cine 3: Up - Altas Aventuras

Diariamente: 16h30min e 19h30min

SESC São Carlos:

Bem-vindo

Dias 26/09 e 27/09
Hora: 18min


* Programação sujeita a mudança e de responsabilidade exclusiva dos exibidores

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dossiê Lost: Sun e Jin Kwon

Texto de Karen Cristina

Triste coisa é querer bem a quem não sabe perdoar, disse um poeta. Por uma linda estória de amor, Jin e Sun sabem como poucos a praticar o perdão. Ao menos um com o outro.

A bela estória dos dois ultrapassa barreiras sociais, avança por comprometimento e desapego a sonhos e esbarra em deslizes, mentiras e traição. E se renova pelo perdão.

Quando conhecemos Sun, ela parecia a típica gueixa submissa, enquanto Jin era o marido tirano. Com o tempo descobrimos que as aparências enganam.

Jin é hoje um dos personagens mais queridos, um dos losties mais confiáveis, o verdadeiro pau pra toda obra e por fim, o marido exemplar. Claro que o passado o condena: omitiu o pai por vergonha, virou capanga do sogro mafioso, mas tudo que fez foi por amor...

Por mais pesado que soe o envolvimento dele com a máfia coreana, Jin foi o peso do bem em meio ao mal. Poupou vidas, tentou fazer o melhor mesmo tendo o pior como única fonte porque se há algo que não se pode negar é a grandeza do coração do coreano. Ajudou quem pode na Ilha, renasceu e se viu em todas as provas possíveis.

Sun, por seu lado, na verdade não era a mulher fraca e submissa que parecia. Mesmo antes da Ilha, a insatisfação com o casamento e o afastamento do marido a levou a uma traição. Bem que ela tentou fugir, mas não conseguiu abandonar Jin, seu grande amor.

Na Ilha, mais uma vez se viu afundada em mentiras. Talvez porque fosse mentirosa por natureza, talvez porque quem está certo mesmo é House, e Everbody Lies. O certo é que só assumiu que falava inglês por questão de vida ou morte. Mas Sun sempre foi doce, meiga. E se fortaleceu a cada nova prova. Como Juliet, é uma ótima representante do sexo feminino. Ela tem a capacidade de fazer o que deve ser feito, e com classe.

O irônico na estória do casal é que ambos guardavam um passado de arrependimento por tomar atitudes e decisões que imaginavam ser fundamental para manter o casamento. Jin queria manter Sun nos padrões de vida que ela sempre teve, o que para ela era o mais irrelevante. Enquanto Sun tentando encobrir a verdadeira identidade da mãe de Jin o jogou diretamente no trabalho sujo do pai.

E a crise se agravaria na Ilha. Em meio a um relacionamento abalado, a todo descrédito de um casal sem comunicação, a gravidez de Sun traz uma nova chance para os dois. Porém, seriam preciso muitos ajustes e finalmente a verdade, dita da boca de Juliet, para que o casal tenha solidificado o relacionamento, fortalecido pelo perdão de uma traição.

E o perdão veio justamente da parte de um homem de uma cultura altamente machista. Jin perdoa, se desculpa e assume a culpa pelo afastamento da esposa. É de Jin, aliás, uma das frases mais belas de Lost, além de muitos momentos puros de romantismo.
Ao pedir a mão de Sun para seu pai, um lindo momento.

Como posso entregar minha filha para um homem que desiste de seus sonhos, pergunta sr. Paik.
Porque ela é o meu sonho – responde Jin.

É impossível enxergar completamente Lost sem considerar as belas histórias de amor. E Jin e Sun são um dos casais que estão naquela Ilha para renovar os votos, para rever o relacionamento.
A prova maior dos dois foi a separação involuntária gerada pela explosão do cargueiro. Em uma cena emocionante, vimos Sun perder seu grande amor. E no seu grito de dor, no seu desespero, a coreana perderia o que tinha acabado de reencontrar. Foi cruel e muito triste.

Sun nunca se recuperou. Nos três anos em que esteve fora da Ilha, só quis se vingar. Enfrentou o mundo do pai, a frieza das viagens de negócios, caçou Benjamin Linus, se aliou a Widmore. Tive medo dela. E para ter uma chance de rever Jin, Sun abriu mão da filha. Voltou para a Ilha sabendo que dificilmente retomaria a vida no continente.

Enquanto Sun sacrifica a maternidade pelo marido, Jin prefere mantê-la longe do inferno que se transforma a Ilha durante o período de viagens constantes do tempo.

Mas é o destino que manda, ou melhor, a Ilha é quem decide. E por mais cruel que pareça, apesar de tantos sacrifícios, tanta abnegação, os dois acabam separados por trinta anos.

Resta-nos esperar pelo reencontro. Deve ser, sem dúvida, mais um dos momentos inesquecíveis da série, carregado de dramaticidade e com uma trilha sonora de arrepiar ao fundo. Aposto que irá ocorrer. Talvez não tão de cara, logo no início da temporada. Ou talvez, pensando melhor, caso ocorra o reebot, o reencontro passe em branco...

O que é impossível negar é a solidez do amor entre Jin e Sun. O casal que superou muito mais do que diferenças sociais. O casal que nos ensina o perdão.

Pitaco do Paulo

Sun e Jin nunca pareceram o casal perfeito. E de fato, nunca o foram enquanto casados. Em uma sociedade machista, o amor de ambos foi afogado por obrigações e acontecimentos que vão além da relação homem-mulher. O carinho e o afeto deram lugar a traições e mentiras. Quis o destino (será ele mesmo?) que de um desastre viesse uma segunda chance para ambos. De se encontrarem novamente e se descobrirem naquilo que lhes estava soterrado: o amor. Ainda bem que este sempre esteve lá.

Related Posts with Thumbnails