Finalmente, depois de quase um ano, Star Wars é assunto aqui no PIS. Porque nenhum blog que fala de entretenimento e cultura pop que se preze deve se abster de falar do universo que se tornou o ícone maior dos nerds. E o debute no assunto fica por conta de Star Wars - The Clone Wars, longa-metragem em animação lançado nos cinemas em 2008 pela Lucas Arts como parte inicial de uma nova empreitada da franquia, que mais tarde seria seguida na TV.
Definitivamente, o filme tem dois públicos distintos. O primeiro é obviamente os fanáticos por tudo que a marca Star Wars representa. O outro é o público infantil, para quem Lucas parece pretender fazer a iniciação no seu universo. Desta forma, deve-se analisar o longa por meio desses dois centros.
Na trama, que não é lá muito bem elaborada como se poderia esperar, o filho de Jabba é sequestrado e cabe à República fazer o resgate do infante Hunt para que desta forma tenham livre acesso à área controlada pela meleca gigante. Não é um roteiro primoroso, até porque não parece fazer muita diferença na mitologia toda criada se pensarmos de forma isolada. O longa não deve ser pensado como um produto único e sim como um episódio de algo maior, que são as tais guerras clônicas que terão sequência no seriado de TV. De certa forma, o desenvolvimento da trama, das relações entre personagens novos e antigos e tudo mais, só começa aqui para ser continuado mais tarde.
Se olharmos com os olhos nerds, o longa é uma expansão do multiverso criado por Lucas. Pode-se entender um pouco mais a estrutura familiar e hierárquica de Jabba, conhecer máquinas e armas de guerra, tanto pelo lado da República como pelo lado dos separatistas, entre outras coisas e, obviamente, a principal inserção do filme, que é a aprendiz de Anakin Skywalker, Ahsoka Tano, que será figura central do filme e da série. Talvez até o seu destino que será finito (já que ela não faz parte deste universo na terceira parte da segunda trilogia) possa até ser um dos motivos para levar Anakin a questionar o seu código e suas convicções acerca do estilo de vida Jedi. Enfim, se houve uma certa decepção com o longa por parte da crítica e dos fãs, é porque se esperava um episódio "2.5" ou algo assim, quando na verdade esse meio termo entre os episódios II e III será dado por um amálgama de episódios, cujo longa é apenas o season premiere. Aliás, não perca aqui mesmo no PIS a crítica da primeira temporada.
Já se pensarmos pelo lado da infantilização da história, talvez o longa seja um pouco mais feliz. Exatamente por não ter uma trama intrincada ou complexa, pode ser palatável para os mais jovens que em seguida verão os mesmos personagens na TV e, quem sabe, se tornarem uma nova leva de fãs da hexalogia e, principalmente, da trilogia clássica que não é tão acessível como era antigamente, já que não passa com tanta frequência na TV aberta aqui ou nos Estados Unidos. Os personagens podem nos parecer irritantes, principalmente Ahsoka, mas ela tem um potencial de apelo com as crianças e, mais especificamente ainda, com as meninas. Sim, porque em um universo dominado por homens (ou personagens do sexo masculino), como Luke Skywalker, Darth Vader, Mestre Yoda, Mace Windu, dentre outros, e uma personagem Jedi central pode cativar esse público. É o grande acerto do longa, se pensarmos em marketing e na tal cauda longa, de Chris Anderson, já que busca expandir seus domínios.
Enfim, como filme, só e somente só, The Clone Wars não funciona pelos vários motivos já citados. Como peça fundamental no universo da franquia também não. Mas talvez nenhuma dessas parece ter sido a intenção de George Lucas. É um início de uma nova série, para um novo público, com uma nova proposta. É um produto periférico que nunca será fechado e depende de tudo o que já foi estabelecido em todos os sentidos: enredo, identificação com os personagens, fascínio com os sabres de luz, etc, bem como do que ela mesma se transformará com os episódios de 20 minutos na TV. Desse modo, só poderá receber um veredito sobre sua relevância aos créditos do episódio final, que pode ter até 5 temporadas, segundo o próprio produtor. Esperemos que ele saiba onde tudo isso vai terminar. Mais do que nunca, que a Força esteja com ele.
Definitivamente, o filme tem dois públicos distintos. O primeiro é obviamente os fanáticos por tudo que a marca Star Wars representa. O outro é o público infantil, para quem Lucas parece pretender fazer a iniciação no seu universo. Desta forma, deve-se analisar o longa por meio desses dois centros.
Na trama, que não é lá muito bem elaborada como se poderia esperar, o filho de Jabba é sequestrado e cabe à República fazer o resgate do infante Hunt para que desta forma tenham livre acesso à área controlada pela meleca gigante. Não é um roteiro primoroso, até porque não parece fazer muita diferença na mitologia toda criada se pensarmos de forma isolada. O longa não deve ser pensado como um produto único e sim como um episódio de algo maior, que são as tais guerras clônicas que terão sequência no seriado de TV. De certa forma, o desenvolvimento da trama, das relações entre personagens novos e antigos e tudo mais, só começa aqui para ser continuado mais tarde.
Se olharmos com os olhos nerds, o longa é uma expansão do multiverso criado por Lucas. Pode-se entender um pouco mais a estrutura familiar e hierárquica de Jabba, conhecer máquinas e armas de guerra, tanto pelo lado da República como pelo lado dos separatistas, entre outras coisas e, obviamente, a principal inserção do filme, que é a aprendiz de Anakin Skywalker, Ahsoka Tano, que será figura central do filme e da série. Talvez até o seu destino que será finito (já que ela não faz parte deste universo na terceira parte da segunda trilogia) possa até ser um dos motivos para levar Anakin a questionar o seu código e suas convicções acerca do estilo de vida Jedi. Enfim, se houve uma certa decepção com o longa por parte da crítica e dos fãs, é porque se esperava um episódio "2.5" ou algo assim, quando na verdade esse meio termo entre os episódios II e III será dado por um amálgama de episódios, cujo longa é apenas o season premiere. Aliás, não perca aqui mesmo no PIS a crítica da primeira temporada.
Já se pensarmos pelo lado da infantilização da história, talvez o longa seja um pouco mais feliz. Exatamente por não ter uma trama intrincada ou complexa, pode ser palatável para os mais jovens que em seguida verão os mesmos personagens na TV e, quem sabe, se tornarem uma nova leva de fãs da hexalogia e, principalmente, da trilogia clássica que não é tão acessível como era antigamente, já que não passa com tanta frequência na TV aberta aqui ou nos Estados Unidos. Os personagens podem nos parecer irritantes, principalmente Ahsoka, mas ela tem um potencial de apelo com as crianças e, mais especificamente ainda, com as meninas. Sim, porque em um universo dominado por homens (ou personagens do sexo masculino), como Luke Skywalker, Darth Vader, Mestre Yoda, Mace Windu, dentre outros, e uma personagem Jedi central pode cativar esse público. É o grande acerto do longa, se pensarmos em marketing e na tal cauda longa, de Chris Anderson, já que busca expandir seus domínios.
Enfim, como filme, só e somente só, The Clone Wars não funciona pelos vários motivos já citados. Como peça fundamental no universo da franquia também não. Mas talvez nenhuma dessas parece ter sido a intenção de George Lucas. É um início de uma nova série, para um novo público, com uma nova proposta. É um produto periférico que nunca será fechado e depende de tudo o que já foi estabelecido em todos os sentidos: enredo, identificação com os personagens, fascínio com os sabres de luz, etc, bem como do que ela mesma se transformará com os episódios de 20 minutos na TV. Desse modo, só poderá receber um veredito sobre sua relevância aos créditos do episódio final, que pode ter até 5 temporadas, segundo o próprio produtor. Esperemos que ele saiba onde tudo isso vai terminar. Mais do que nunca, que a Força esteja com ele.