quinta-feira, 16 de julho de 2009

Fringe no Toon Series!

Há algum tempo que eu gostaria de postar essas imagens aqui, mas só agora é que consegui ter um tempinho para juntá-las e trazer para o PIS.

Com muita honra, apresento algumas das versões "toonserianas" dos personagens principais de uma das melhores surpresas da nova safra de seriados dos últimos anos. Fringe não é novidade aqui no Pensando Imagem e Som, já que a sua primeira temporada já foi analisada aqui.


Agradeço mais uma vez ao pessoal do Toon Séries pelas imagens e os parabenizo pelo ótimo trabalhando que estão desenvolvendo dando seu traço a nossos personagens principais. É um grande prazer poder trazer um pouco do trabalho de vocês para cá. E quem quiser conhecer mais do trabalho deles, mesmo estas imagens em alta definição, visitem o blog deles e, certamente, prepare-se para gastar um bom tempo com tanto trabalho bom!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Mais presentes! Esses do Mundo Animado...

Pois é... gostei muito da surpresa de ter mais 3 selinhos oferecidos pela colega Shirley, do Mundo Animado. Nem preciso dizer o quanto fico agradecido e, desta forma, exibo aqui os presentes:


Bom... todo todo presente tem seus desafios, vamos lá:

1. Publicar a imagem do selo e linkar o blog que o passou.
- Beleza... linkando Mundo Animado

2. Escolher 5 situações da vida que mereciam ser repetidas em slow motion e explicar o porquê
- Hum... há tantos. Alguns devem ser bastante clichê, mas como diria Hitchcock, melhor partir do clichê do que terminar nele. Então, esses cinco momentos seriam o abraço de amigo que a muito não se vê, meu sono (rs), céu estrelado, os domingos (que deveriam ter umas 70 horas), e o sorriso de quem se ama.

3. Passar o desafio e o selo a 12 blogs
- Lá vamos nós:

Bom... acho que é isso. Muito obrigado, Shirley, e vamos que vamos!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Dossiê Lost: Juliet Burke

Texto de Karen Cristina

Juliet Burke é a personagem de quem as mulheres podem se orgulhar em Lost. Figura feminina emblemática, Juliet é meiga e forte. Representa a determinação e a fragilidade que tornam as mulheres seres tão míticos.


A loira consola, releva, mas sabe atacar. Lida com a vida e com as pessoas com toda sensibilidade. Mas sabe exatamente como sobrepor a determinação de forma firme e indiscutível. Se sacrifica sem remorso e não desiste.

Juliet traz à tona exatamente a flexibilidade feminina que faz com que consigamos cuidar de filhos e enfrentar uma reunião com executivos, por exemplo – a dualidade de manter na alma a leveza e a força, a sanidade e a loucura. E esta característica marcante que Elizabeth Mitchell soube muito bem conferir à personagem garantiu uma enorme empatia com o público.
Como a maioria das mulheres, a conquista pela maturidade e segurança emocional não foi fácil. Jules viu o casamento dos pais ruir ainda criança. Teve um primeiro casamento péssimo com um homem dominador e egoísta.

No auge da carreira, recebeu um convite *que não pode recusar” e acabou na Ilha. Logo o que pareceu seu pior pesadelo: estar presa aos jogos e chantagens de Ben – ou seria de Jacob – acabou sendo o fortalecedor de sua personalidade. Foi moldada pela Ilha, pela dureza de ser uma Outra, que ela mesmo chegou a definir como estressante, e que a fez aprender a lutar pelos seus objetivos a qualquer custo.

Paralelamente, o começo da personagem teve uma repercussão complicada. As ações da médica que parecia fazer qualquer coisa para sair da Ilha a tornaram antipática aos simpatizantes dos losties. Mas Jules travava uma guerra particular com Ben e talvez mais do que sair da Ilha, ela queria se livrar da sua obcecada perseguição. Hoje isto é totalmente compreensível.
Atormentado pela paixão que sentia por Juliet, o líder dos Outros foi capaz de mandar seu primeiro rival, Godwin, para uma armadilha, que ele sabia, hora ou outra, seria mortal.

Com mais uma complicada carga emocional nos ombros, Juliet faria qualquer coisa para se livrar da prisão que sua vida se tornou e forjou uma carapaça de frieza. Aprende que está em guerra. E nesta guerra precisará de aliados.

Aposta em Jack, pedindo que mate Ben na cirurgia. Mata Picket para fazer valer o acordo que garante sua saída da Ilha. E vê sua sorte acabar ao ver a destruição do submarino.

Mais uma vez nas mãos de Ben, Juliet é obrigada a apostar em uma mentira. Mas desta vez, sua força real ressurge de forma definitiva. Ela joga na verdade para vencer o medo que sempre teve de acabar na Ilha. Como pessoa íntegra e coração bom, escolhe o lado que quer ficar.

A aceitação não foi fácil. Tanto com os losties, como com o público a confiança foi uma difícil conquista, que se revelou definitiva. Definitivamente integrada aos losties, se mostra fundamental na resolução das crises. Apazigua e defende. Toma à frente e se envolve.
Mas a trajetória da loira é triste. Por tantas vezes se viu na eminência de sair da Ilha. Por tantas vezes se viu frustrada. E por outras tantas renasceu das cinzas.

Deixada para trás, Jules foi decisiva na sobrevivência pós viagem no tempo. E reconstruiu sua história. Ao lado de James, ela foi feliz por três anos.

A continuidade desta história me dói a alma. Porque ao detonar a Jughead, a personagem feminina que mais lutou pela felicidade parece ter sido sacrificada. Mas a estória só acaba quando termina. E tenho esperança de que ainda há algo preparado para seu ela até o fim de Lost.

Jules faz partos e conserta carros. Atira e ama. Prepara o jantar para o marido e toma decisões que sabe terem repercussão negativa. Conquistou James, o bad boy típico inimigo de relacionamentos, que ao sentir sua perda, a valorizou como nunca. Porque ele sabia que entre ela e Kate, a possibilidade real de felicidade estava ao lado da mulher verdadeira, inteira, completa.

Se conhecemos uma Juliet de caráter duvidoso e desconfiamos de suas intenções por tempos, hoje acho que é praticamente unanimidade a bondade da médica.

O olhar que lança ao submarino que se vai para o continente quando deixa a embarcação no episódio O Incidente simboliza o quanto uma mulher pode deixar ao fazer as escolhas corretas. Corretas para a vida, não melhores para ela. E é aí que Jules se torna a imagem feminina que prefiro tomar como símbolo. Porque indiscutivelmente, Juliet escreve uma estória digna de ser contada.


* referência ao filme Poderoso Chefão

Pitaco do Paulo

Juliet surgiu como uma Outra diferente. Não parecia estar tão certa de suas ações como todos os outros do seu grupo. E, com o tempo, conseguimos saber exatamente o porquê. Mulher forte e de fibra, aos poucos acabou conquistando a confiança do grupo dos passageiros do vôo 815, tocando corações, tomando decisões difíceis e que ninguém mais teria coragem de tomar e, sem dúvidas, se tornou parte deles. Acabou, ela mesma, tornando-se uma sobrevivente, não de um acidente de avião, mas dos percalços e das rasteiras que a vida lhe apresentou. E o sacrifício é a sua redenção.

domingo, 12 de julho de 2009

True Blood - 1ª Temporada

Confesso que demorei muito para me interessar por este seriado. Estava um tanto quanto dedicado a outras, e o tempo infelizmente é limitado, mas o burburinho positivo e a campanha para o início da segunda temporada me chamaram a atenção. No final das contas, assisti esta primeira temporada em menos de duas semanas, a tempo de alcançar e acompanhar a série normalmente agora.

True Blood não é uma série sobre vampiros, como muitos a definem simploriamente. É uma série sobre diferenças. na trama, Sookie Stackhouse (Anna Paquin) é uma típica garota do interior nore-americano, garçonete e extrovertida, mas que tem uma particularidade: consegue ler os pensamentos de outras pessoas, meio que involuntariamente. Curioso como exatamente quebrando a premissa de falar de vampiros x pessoas normais, a primeira pessoa diferente a ser apresentada ao público é... uma humana! Bill (Stephen Moyer) é apresentado logo em seguida, como um vampiro agora integrado à sociedade. Isso é possível porque, durante séculos, os vampiros estiveram à margem da sociedade "civilizada", enquanto lendas, mas assim que uma empresa japonesa criou sangue sintético, chamado de Tru Blood, as criaturas imortais poderiam então conviver pacificamente entre os humanos, já que não precisariam se alimentar deles. o encantamento de Sookie e Bill é instantâneo, incomodando muita gente, dentre eles seu chefe, seu irmão e sua melhor amiga. a trama da primeira temporada se desenvolve então não acerca de um amor proibido, mas sim um amor socialmente pouco aceito.

O roteiro é bastante competente. Consegue envolver cada um dos personagens, em maior ou menor grau, em uma trama una e bem amarrada. Tem-se tramas paralelas, com as roubadas que o irmão de Sookie, Jason, se envolve por causa de mulheres e prazer. Há o drama familiar de Tara, sua melhor amiga, e o "núcleo" dos vampiros mais barra-pesada, que supostamente estão dando pouca ou nenhuma importância à nova lei civil que dá direitos comuns a eles. Tudo isso girando em torno de um complexo relacionamento do casal central. A direção já tem um pouco menos de sorte que o roteiro. Muitas vezes, a dinâmica de cena é bastante estranha, principalmente em momentos de maior tensão e interação entre mais do que três personagens. Bons exemplos dessa direção perdida são o momento onde Sookie encontra outros vampiros na casa de Bill, onde cada personagem parece estar sobrando quando há um diálogo entre dois deles. Outros momentos parecidos são algumas das sequências dentro do bar, cenário onde o seriado se desenvolve por um bom tempo de tela. É como se cada crise, cada discussão, cada conversa fosse invisível aos demais. A impressão é a mesma daqueles filmes onde o motorista conversa com o passageiro no carro sem olhar para onde está indo. É como se a situação fosse somente uma desculpa para o diálogo, e não parte da narrativa. Esse incômodo pode passar desapercebido se olharmos por cima, mas de certa forma influencia até mesmo na veracidade do momento.

O que realmente há de se destacar em True Blood é a sua temática. Sendo uma adaptação de livros, espera-se muito da trama. Ela resgata aquilo que de mais interessante há nos vampiros, principalmente se lembrarmos de Nosferatu ou até do Drácula (o de Bram Stoker, não as terríveis leituras dele nos últimos tempos no cinema e na TV), que é aquele clima de sedução. Um vampiro não ataca suas vítimas como uma besta, ou um monstro. Ele joga, o tempo todo, em alto nível, com a libido, com a curiosidade, com o medo, mas aquele medo bom de se sentir, com a adrenalina, com o instinto de gostar do perigo natural do ser humano. Uma mulher não foge de um vampiro. Ela praticamente quer ser mordida. são criaturas sobrenaturais e, exatamente por isso, podem ser diferentes, quem sabe melhores, que homens mortais. São conquistadores que desenvolvem por séculos uma técnica para conquistar suas presas e, extamente por isso, não são animais, como lobisomens ou tantos outros. É exatamente essa a sensação de Sookie ao se aproximar de Bill. O fato de ela não conseguir ler sua mente é só uma alegoria para mostrar a ela que ele é completamente diferente de qualquer outro homem que ela tenha conhecido, o que lhe causa fascínio.

Um outro grande ponto a se destacar é a questão do "aceitar o outro". Mesmo depois de conquistar o direito constitucional, os vampiros são excluidos da sociedade, cheio de rótulos e de pré-concepções a seu respeito. O fato da trama se passar em uma cidade sulista e interiorana dos Estados Unidos não é mera formalidade. Mesmo a guerra civil americana, que muitas vezes é citada nessa primeira temporada, traz muita significação na questão do preconceito. Assim como a integração dos negros na sociedade tradicional e puritana americana, o "enturmamento" dos vampiros é carregado de muita discriminação e segregação. Aqueles que parecem dispostos a seguir com seus direitos adiquiridos sofrem com represálias, as vezes violentas. Não importa quem você é, mas sim de onde você vem. Escravos negros eram considerados sub-humanos e indignos de viver entre as pessoas superiores, o que gerava muita indigação e confronto. O fato de Tara sempre citar a questão dos escravos e, ao mesmo tempo, ser a primeira a questionar o encantamento de Sookie por Bill é a metáfora da hipocrisia. Direitos iguais para todos nós, mas não para aqueles de quem já temos um conceito formado. E foi exatamente nesse ponto que a série me surpreendeu mais: escancarar, de forma simbólica, o quanto somos preconceito ao que nos é diferente. religião, cor, raça... a história da humanidade é marcada por guerras e todas elas são causadas, basicamente, pela intolerância ao outro.

Se a questão de direção for melhor trabalha e a série seguir tratando destes temas com toda a coragem que mostrou na primeira temporada, tem tudo para ser mais do que um entretenimento de romance e terror. E, se não pode ser eterna como um vampiro, que tenha uma longa vida.
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