sexta-feira, 26 de junho de 2009

Blogagem Coletiva - A polêmica das drogas hoje!

Réquiem para um sonho
(Requiem For a Dream
Darren Aronofsky - 2000)


O mundo das drogas é algo comum a ser explorado pela TV e pelo cinema, seja pelo seu apelo jovem, seja como símbolo da decadência humana ou simplesmente para tirar sarro das situações de uma ação ilegal e contraventora e, ao mesmo tempo, símbolo de rebeldia. Exemplos como o denso Traffic ou o libertário Easy Rider não faltam e devem ser conferidos para leituras e re-leituras sempre. Quando o já cultuado diretor Daren Aranofsky (Pi, Fonte da Vida, O Lutador) lançou Réquiem Para Um Sonho, não estava fazendo juizo de valores sobre quem usava drogas. Com uma linguagem ousada e instigante, conta a história de quatro pessoas viciadas e como a dependência age em suas vidas. Três deles são jovens, sonhadores e inconsequentes, enquanto a quarta é uma senhora que, quando percebe uma possibilidade de participar de um programa de TV, se utiliza de anfetaminas para emagrecer e caber em um vestido que guardara há muito tempo.

Diferentemente de campanhas ou filmes sobre redenção, Réquiem Para Um Sonho não mostra o quanto a libertação das drogas pode salvar vidas, mas sim o quanto a dependência delas podem arruiná-las. Não há aqui a jornada do herói. Ninguém é chamado à aventura e vence os obstáculos para se mostrar capaz e recuperado. Ninguém termina em um bar com os amigos tonando guaraná e comendo salgadinhos às gargalhadas. É um filme cru. A jornada dos quatro personagens se mistura a partir de um ponto em comum e se mostra arrasadora a medida em que vai avançando na dependência das drogas, não só pelos efeitos físicos do vício, mas principalmente pelo efeito psicológico. O que um ser humano é capaz de fazer em um momento de desespero para conseguir aquilo que lhe dá prazer, ou que, pelo menos, tirá-lhe por alguns instantes os sofrimentos da dor?

Em um momento em que as drogas, sua liberação ou sua proibição e tudo o que cerca o mundo individual e coletivo da sociedade, Réquiem Para Um Sonho é atualíssimo. Suas cenas fortes e pesadas se mostram condizentes com a proposta do diretor. Não há conforto. Só dor. Em um mundo de prazeres particulares, o sofrimento deveria ser diferente?

Essa postagem é parte da Blogagem Coletiva proposta pelo blog CD - Lado B, da Bea, e o dia de hoje é o escolhido por ser o Dia Internacional de Combate às Drogas. Neste momento em que a sociedade discute a liberação ou não do consumo, há muito a se pensar do que simplesmente a escolha pessoa. Consumir drogas é uma escolha que envolve a todos

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Parceria - Dossiê Lost, com "Defenda a Ilha"

Pois é... ótimas notícias! Depois do final da quinta temporada de Lost, a Karen, do Defenda a Ilha - blog especializado no melhor seriado de todos os tempos e com um enfoque grande nos personagens e nas relações entre eles - e eu conversamos sobre começar um trabalho de cooperação para falar um pouco de cada personagem, em uma visão muito mais intimista do que necessariamente descritiva. Vai sempre demorar um pouquinho, já que estes textos exigem bastante de cada um de nós, mas tenho certeza que será bem legal.

Para comemorar a cooperação, ou parceria, entre o Defenda a Ilha e o Pensando Imagem e Som, criamos um selo que estará presente em todas as postagens de ambos que estiver relacionado à construção de textos colaborativos entre Karen e eu. É a Web 2.0 botando pra quebrar! O selo é esse aí logo acima. Que venham bons frutos!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Dino Crisis 2 (Playstation)

Já que a moda aqui no PIS é falar de dinossauros (você leu as postagens sobre os três Jurassic Park?), trago de volta a vida, depois de milhões de anos do seu lançamento, o jogo Dino Crisis 2, para Playstation. Ainda que meio antigo - já passam de 10 anos do seu lançamento - é uma ótima diversão e considerado um dos melhores jogos de ação de sua geração.

Sua história é bastante interessante, ainda que meio confusa. Depois dos incidentes envolvendo pesquisas em no primeiro jogo da série, Regina, anterioremente a única protagonista, e Dylan são chamados para tentar desfazer as porcarias feitas por cientistas de uma estação militar. A cidade de Edward é levada ao passado e acaba se misturando às criaturas jurássicas. Cabe aos nossos heróis armados até os dentes (a mais alguém que encontram pelo caminho) resolver as coisas. Enfim, é confuso assim mesmo e é um bom pretesto para que o jogador, ora na pele de um, ora na de outro, atravesse vários cenários, tais como matas abertas, estações de pesquisa, ambientes submarinos, cavernas e outros mais, detonando todo tipo de dinossauro que aparecer pela frente. O engine, ou a mecânica do jogo, é praticamente a mesma de outra produção de sucesso da mesma Capcom, o game de survivor horror Resident Evil, com "câmeras" fixas que focam o personagem de vários ângulos e enquadramentos. Mesmo a sistemática de se andar, atirar ou agir é bem parecida, com algumas adaptações que permitem mais mobilidade e agilidade. São alterações mais do que necessárias quando seus inimigos não são zumbis e sim, dinossauros rápidos e mais vorazes. Até mesmo os absurdos são os mesmos: se em RE é necessário atravessar uma cidade inteira atrás de uma chave de bolso, mesmo tendo uma bazuca em mãos, em DC2 é preciso atravessar 2 ilhas cheias dos maiores e mais perigosos predadores para encontrar uma máscara de gás. Obviamente que isso seria ridículo na narrativa de um filme, mas novamente, a intenção é ter um motivo para sair explodindo os miolos de qualquer espécie que apareça. Elas não são poucas - de pequenos e ágeis Dilofossauros até o terrível Tiranossauro Rex, passando pelos clássicos Velociraptors, Triceratops e Pterodáctilos. Para eliminar o último, a solução não é menos absurda que algumas passagens, mas não poderei contar aqui.

Sem dúvida, uma ótima diversão. Trocando quebra-cabeças por muita munição, deixa o cérebro descansar um pouco e permite diversão e adrenalina ao máximo. Bons tempos do Playstation 1.

Imagens de http://www.gamershell.com/

domingo, 21 de junho de 2009

Blogagem Coletiva - Minha Música, Meu Momento

Ciclo Sem Fim (Circle os Life)

Fazendo uma relação bem intrinseca entre música e cinema, imagem e som, como o blog sempre se propôs, eu participo desta blogagem proposta pela companheira na blogosfera Nade, do Jeito de Ser com esta proposta: o meu momento está ligado à esperiência audiovisual.

Quando se fala em música no cinema, não há como não nos lembrarmos de temas românticos, ou de ação, que nos marcaram. Everything I Do, de Robin Hood, ou I Don't Wanna a Miss a Thing, em Armaggedon são grandes exemplos disso. Nem preciso lembrar de My Heart Will Go On, de Titanic, né? Quem ainda não cantarola os maravilhosos temas compostos por John Williams para Star Wars, Superman, Tubarão, Indiana Jones, Jurassic Park ou ET? É quase impossível resistir a acompanhar esses temas quando começam a tocar em qualquer canto. Contudo, hoje vou lembrar de um momento importante para mim em relação ao cinema.

Em 1994, já com 11 anos de idade, eu nunca havia ido ao cinema, salvo em um filme dos Trapalhões, mas eu era muito pequeno para me lembrar. A escola organizou uma excursão para assistir a uma animação da Disney que estava lotando as salas pelo mundo inteiro. Ainda era cinema de rua, ou de praça. Não foi em um shopping. Era um dia de sol e as escolas formavam filas enormes para entrar naquela sala que tinha dois andares de cadeiras (alguém se lembra de salas de cinema assim?). Entramos. Eu mais perdido que cachorro em dia de mudança fui procurando lugar para sentar com os colegas, obviamente no ponto mais disputado do cinema, no andar de cima. Depois de acomodados é que percebi o que era aquilo. Não era como ver na TV, seja qual fosse o tamanho dela. Quando as luzes se apagaram e um clarão surgiu na tela, o local ficou em silêncio. Não houve trailer. Uma música com tom africano surge dos auto-falantes como um grito e um nascer do sol nos encanta.

Como alguns já devem imaginar, era O Rei Leão que eu estava assistindo. O primeiro filme que eu vi no cinema verdadeiramente. E durante toda a introdução do filme, foram muitas as sensações que tive, ao som de Ciclo Sem Fim, originalmente composta por Elton John, o que não me importava nem um pouco naquele momento. Os animais foram aparecendo... os menores e os maiores. Era o desenho mais fantástico que eu já tinha visto e a música, pela primeira vez, não me incomodou dentro de uma animação. E quando ela é retomada e Simba é elevado por Rafiki, eu entendi exatamente o que era aquele momento e isto ficou marcado pelo resto da minha vida. Naquele instante, eu descobri que cinema faria parte de mim.

Esta postagem é feita em parceria com uma galera. Veja os outros parceiros nessa blogagem coletiva, no Jeito de Ser. É uma experiência fantástica participar de uma blogagem coletiva. Essa é a primeira da qual participo, de muitas. Quero agradecer o apoio da Nade e convidá-los para visitar todos os blogs que estão participando, a seu modo, deste belo trabalho. Clique na figura ao lado.
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