sexta-feira, 5 de junho de 2009

A terceira temporada de Heroes - Volume Fugitives

Com a desconfiança que Villains causou, começou o quarto volume, Fugitives, partindo do pressuposto que o governo, na figura do confuso Nathan Petrelli, agora está perseguindo todos aqueles que tem habilidades, afim de proteger a eles e a sociedade como um todo. Neste ponto, o paralelo que sempre era citado entre Heroes e X-Men fica ainda mais evidente e latente, já que há um arco na história dos mutantes da marvel que trata exatamente disso, mas a grande sacada de Heroes, desde quando foi criada, é exatamente o fato de pessoas normais lhe darem com dons especiais. Nada de gente usando capas ou colans amarelos. E foi aí que a série se distanciou dos mutantes das HQs. Vemos uma volta às origens, com Peter trabalhando como enferemeiro, Mohinder como taxista e Claire voltando à escola. A inclusão de personagens como Danko, a nova jornada de Sylar em busca de suas origens e as novas incumbências de Noah Bennet ajudam a série a tomar um novo fôlego, mas nem tudo funciona bem. O tão esperado encontro entre Sylar e seu pai, vivido por John Glover, foi pra lá de decepcionante e só serviu para que o nosso verdadeiro vilão entendesse que o negócio dele era exatamente aquele mesmo: cortar cabeças e aumentar seu poder. Nada de novo.

A grande sacada dos produtores, novamente chefiados por Brian Fuller (um dos responsáveis pela ótima primeira temporada e que estava se dedicando a outros trabalhos), foi diminuir o número de sub-tramas, podendo se dedicar corretamente a cada uma delas. Alguns personagens sumiram por alguns episódios. O foco em duas ou três tramas simplificou o amálgama que a série tinha se tornado. Acabaram-se as viagens no tempo, já que Hiro já não possuia mais tal dom (e pelo jeito talvez jamais o tenha de volta) e também já não se tem mais um festival de ressurreições. Assim, as mortes se tornam mais críveis e são realmente importantes. Ainda que Tracy (a terceira das irmãs interpretadas por Ali Larter) tenha ressurgido ao início do novo volume, Redemption.

Desta forma, a saga dos fugitivos trouxe novos ares ao seriado, tão combalido. A audiência americana parece ainda desconfiada de que a série voltará a ter bons momentos com os da primeira temporada. Danko como grande vilão ainda tem muito a se revelar e até por isso foi mantido vivo. Tracy e seus novos poderes parece ter bom potencial tanto para ser uma grande vilã (e finalmente encontrar o seu lugar na série) e a dupla que divide o mesmo corpo Nathan/Sylar tem grandes possibilidades de trazer momentos interessantes. Peter já não é mais tão bobo e Claire já passou da fase de se lamentar por não ser normal. Hiro tem mais problemas com seus poderes e também precisa reencontrar seu espaço na série. Matt tem novos horizontes com seu filho. Falta saber o que será feito de Mohinder, cuja melhor função depois que conseguiu um dom é narrar os textos de fechamento e abertura de episódios.

Que as férias façam bem à série para que o quarto volume não seja o último. Então, até setembro!

Quer ler mais sobre Heroes? Saber cada detalhe da trama passada e mais notícias sobre tudo que cerca o seriado? Então não perca tempo e entre aqui, no ótimo Blog Heroes Brasil, da colega blogueira Amanda.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A terceira temporada de Heroes - Volume Villains

Heroes surgiu como um fenômeno. Tão rápido quanto outros que surgiram da mesma forma, angariou fãs não só nos Estados Unidos, mas pelo mundo inteiro, graças ao milagre da multiplicação de downloads. No Brasil não foi diferente e logo os blogs e sites especializados pipocavam notícias, resenhas, spoilers e tudo mais relacionado à série. Depois de um temporada, Heroes não foi tão bem na confusa segunda temporada, andou mal das pernas e sofreu com a greve de roteiristas americana. Entrou na terceira temporada prometendo estar dividida em dois volumes, arcos que se iniciam e se fecham em si em torno de uma temática principal.

Em Villains, primeiro arco da temporada e terceiro na cronologia geral da série (ambos os anteriores coincidiram com as temporadas), havia uma expectativa de um aumento no número de malfeitores com poderes especiais, já que nas sagas anteriores, o papel de vilão da série estava sempre ligado ao personagem de Sylar. Dos grandes e perigosos meliantes presos no Nível 5 da Companhia, somente um realmente foi interessante e mostrou ser algo mais que um patife mal-encarado: Doyle. O ex-alguma-coisa de Meredith, mãe biológica de Claire, fez com que ambas passassem por situações limite. Quem realmente surgiu como grande vilão do volume foi o patriarca da família Petrelli, Arthur, mas ele sucumbiu ao final do volume.

Aqui, as mudanças de lado incomodaram um pouco, juntamente com a insistência nas viagens no tempo. Ir ao futuro e ver um mundo apocalíptico já não causa tanto impacto, já que vimos nas temporadas anteriores que qualquer coisa pode mudar o futuro, como na teoria do Efeito Borboleta. Já não nos importamos de Peter e Claire são antagonistas no futuro, porque no final eles vão mudar isso mesmo. nem que Mohinder virou uma criatura asquerosa, que Ando irá matar Hiro pela fórmula, ou que Sylar é um pai de família dedicado... Já as mudanças de Sylar incomodam
não pelas nuances que ele pode apresentar, e todo bom vilão tem de mostrá-las, mas sim porque parece que não há mais o que fazer com ele. Vê-lo cortando cabeças ao meio por duas temporadas é bacana, mas enjoa (tá bom, nem tanto!). Então, nesta terceira temporada, bem como na segunda, ele andou meio perdido no meio de tudo o que estava acontecendo. Protagonizou boas cenas com Elle e com Angella, mas valeu pelo volume no final, quando criou sua versão de Jogos Mortais. Outra que ficou completamente solta e perdida foi Nikki... é como se eles precisassem manter a estrela do elenco, Ali Larter, mas não soubessem mais de que forma fazer isso. E é melhor não falar em Maya, porque essa só entrou para o elenco por alguns motivos narrativos que foram cortados pela greve e ela perdeu sentindo já na segunda temporada. Na terceira, o pseudo-envolvimento dela com Mohinder, outro perdido, não embalou e ela saiu do time de Heroes pela porta de trás. É uma pena, porque a habilidade dela tinha um potencial ótimo para um momento de climax.

Enfim, quase todos os personagens deslocados deram a Peter, Hiro e Claire, novamente, a meta de protagonizar os eventos. O primeiro cometendo sempre os mesmos erros de confiar nas pessoas erradas; o segundo em um embate pessoal com sua Nêmesis, que trouxe bons momentos de humor ao seriado e a terceira com a mesma crise adolescente que parece não passar nunca. Não foi um volume de todo ruim, mas tudo junto parecia um bolo que estava desandando. Se a temporada fosse inteira deste arco, talvez não haveria uma quarta.

Quer ler mais sobre Heroes? Saber cada detalhe da trama passada e mais notícias sobre tudo que cerca o seriado? Então não perca tempo e entre aqui, no ótimo Blog Heroes Brasil, da colega blogueira Amanda.



quarta-feira, 3 de junho de 2009

Como seria se Lost fosse produzido em animação, pelos produtores de Os Simpsons?


Ok, ok... todo mundo sabe que Os Simpsons e Lost são seriados absolutamente diferentes. Animação e Live-Action, Comédia e Drama, presente eterno e reviravoltas no tempo, e assim por diante. Mas isso não impediu o Dean, do ótimo Springfield Punx de recriar os personagens de Lost com a linguagem desenhada das carinhas amarelas que o mundo ama há 20 anos. O resultado está bem legal e reproduzo aqui algumas das imagens. Há muito mais no site indicado. O que vocês acham dessa versão de nossos perdidos favoritos? Está faltando os coreanos e a estátua de 4 dedos, né... quem sabe ele ainda faz! E leiam mais sobre Lost aqui.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

The Big Bang Theory - o final da segunda temporada

Com algumas semaninhas de atraso, publico hoje uma pequena análise desta segunda temporada de The Big Bang Treory, sitcom já comentada aqui no PIS e que, de imediato, causa um grande interesse, sobretudo na comunidade nerd de todo o mundo. E já que dia 25 foi o tão festejado Dia do Orgulho Nerd*, nada mais justo do que, com um pouquinho de atraso, falar deste ótimo seriado, que descompromissado com a grandiosidade de Lost, Heroes ou outras, traz em sua simplicidade de linguagem um ótimo atrativo.

De início, a primeira temporada havia deixado um ótimo plot, que foi o tão esperado encontro entre Leonard e Penny, que se revelou um grande fracasso no início da segunda temporada, talvez até porque além da insegurança de Leonard em não se achar tão "cool" como ele acha que Penny esperava que ele fosse, Penny também estava insegura por não se sentir no mesmo nível intelectual de Leonard. E talvez esteja aí a grande "antagonice" para que os dois não fiquem juntos, ainda que várias vezes tenha pintado o clima.

Parece até que Penny, aos poucos, vai se adaptando ao mundo dele e de todos os outros e, ainda que timidamente, está se tornando parte deste mundo. Exemplos disso não faltam, como por exemplo quando ela reproduz o trecho que o Sheldon lhe fala sobre o gato na caixa, ou quando se vicia em Age of Conan, quando joga paintball ou até quando vai à loja de quadrinhos... E toda a idéia que tínhamos no início de o seriado ser a tentativa dos quatro amigos de se adaptarem ao mundo real se inverte. É Penny quem está se adaptando.

Esta segunda temporada teve alguns deslizes da produção, como fatos que acontecem em uma semana e, na seguinte, parece não ter existido nunca. Um dos pontos mais falhos para mim foi o fato de Leonard ter namorado por alguns episódios seguidos com uma médica, relação esta que teve até um episódio para tratar basicamente do quanto estava ficando sério, e de uma hora para outra ela some, sem nenhuma explicação, como se ele nunca a tivesse conhecido. Obviamente, quanto menos os episódios conterem explicações do passado, mais fácil será de exibi-los novamente em ordem aleatória, mas realmente é um buraco para quem o acompanha cronologicamente. Outra que apareceu e sumiu sem maiores explicações foi a vizinha de cima, que se mostrava uma das maiores antagonistas de Penny. Claro que é um problema menor perto das grandes vantagens do seriado, mas como tudo que é bom sempre tem algum ponto a melhorar, vamos aqui cornetando.

Pontos bacanas também merecem destaque, como as participações especiais de personagens que deveriam voltar, como a mãe de Leonard. Aliás, a família dos protagonistas é sempre um show a parte, como os sempre presentes pais de Raj no computador, ou a voz hilária da mãe do Howard, personagem dos mais interessantes, mesmo nunca tendo aparecido fisicamente na série. O dono da loja de quadrinhos sempre parece interessante por se mostrar mais inocente que os demais e Leslie sempre é uma incógnita e a única fraqueza de Sheldon. Outra participação interessante e absolutamente nerd foi a presença de Summer Glau, como ela mesma, em um episódio. Para quem não assiste ao recentemente extinto seriado, ela é a exterminadora Cameron de Terminator: The Sarah Connor Chronicles e que causa rebuliço nos nossos nerds. Enfim, personagens interessantes e que acrescentam bastante.

Enfim, uma ótima temporada, mais extensa que a primeira, ainda que o Season Finale dela tenha sido um pouco mais fraca e com um plot menos interessante. e no final da primeira temporada ficamos curiosos para saber como seria a relação de Penny e Leonard, na segunda soubemos que cada vez mais ela está envolvida com ele, sem demonstrar, mas que quando eles voltarem da expedição ao pólo norte, tudo estará da mesma forma. A não ser que haja alguma supresa aí. De qualquer forma, foi uma temporada muito interessante e equilibrada. Tomara que TBBT tenha vida longa, visto que a terceira temporada já está confirmada.

*Dia 25 de maio de 1977 foi o dia de estréia de Star Wars - Uma Nova Esperança, e foi escolhido então para se comemorar o Dia do Orgulho Nerd
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